domingo, 10 de julho de 2011

campainha

No portão de casa,


tinha um menininho

e uma menininha,

pedindo esmola.



Enquanto a menininha pedia,

o menininho tocava a campainha.

Eu gritei bem bravo:

“Se não parar de tocar eu não dou nada!”



A menininha chamou atenção do menininho,

que travesso sorria malandrinho.

Cheguei com meio pacote de arroz,

e me encantei com o jeito dos dois!



Perguntei quem tocava a campainha?

O menininho sorriu malandrinho.

A menininha olhou para o menininho,

e eu fiz minha gracinha...



O menininho sorriu feliz,

e a menininha também ria.

Moravam em Franco da Rocha,

pediam esmola como adulto e brincavam

de serem criancinhas, tocando

insistentemente minha campainha!



Depois que partiram de meu portão,

a danada e travessa campainha

continuou tocando em minha consciência

e em meu coração.



Danado de menininho que nesta manhã

de domingo em meu descanso tão sagrado,

deixou a campainha tocando e um sorriso

que me deixou encantado e preocupado.



Por que criancinhas tão pequeninas

pedem esmola a um marmanjão tão

mal educado como eu,

que não sabe respeitar brincadeira de criança?



A campainha de minha casa virou

brinquedo ao menininho que pedia esmola,

que tocava campainha o tempo inteiro,

para não perder de vez sua infância!



10/07/2011

gil


Nenhum comentário:

Postar um comentário