No portão de casa,
tinha um menininho
e uma menininha,
pedindo esmola.
Enquanto a menininha pedia,
o menininho tocava a campainha.
Eu gritei bem bravo:
“Se não parar de tocar eu não dou nada!”
A menininha chamou atenção do menininho,
que travesso sorria malandrinho.
Cheguei com meio pacote de arroz,
e me encantei com o jeito dos dois!
Perguntei quem tocava a campainha?
O menininho sorriu malandrinho.
A menininha olhou para o menininho,
e eu fiz minha gracinha...
O menininho sorriu feliz,
e a menininha também ria.
Moravam em Franco da Rocha,
pediam esmola como adulto e brincavam
de serem criancinhas, tocando
insistentemente minha campainha!
Depois que partiram de meu portão,
a danada e travessa campainha
continuou tocando em minha consciência
e em meu coração.
Danado de menininho que nesta manhã
de domingo em meu descanso tão sagrado,
deixou a campainha tocando e um sorriso
que me deixou encantado e preocupado.
Por que criancinhas tão pequeninas
pedem esmola a um marmanjão tão
mal educado como eu,
que não sabe respeitar brincadeira de criança?
A campainha de minha casa virou
brinquedo ao menininho que pedia esmola,
que tocava campainha o tempo inteiro,
para não perder de vez sua infância!
10/07/2011
gil
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