Sou pouco feliz,
pelo muito que me tem.
Sou muito triste,
pelo pouco que me falta.
Tenho memória curta
na medida do meu coração
e medida de caráter pequeno.
Tenho alma mísera
e rica insatisfação.
Sou triste por não saber ser feliz.
Sou infeliz por não saber agradecer.
Não satisfaz o que recebo,
não recebo o que desejo.
Torno escasso o que me sobra
e abundante o pouco que me falta.
Eu não tenho tempo para amar,
só tenho tempo para murmurar.
Sou o mais infeliz de todos,
o mais injustiçado de todos.
Mas sou um sujeito bom;
sou generoso comigo mesmo,
me achando tão egoísta
por não me amar como deveria.
Deus só pode estar de brincadeira,
por ter me esquecido e abandonado.
Que profundo, isso, amigo Gil!! Somos sempre, seres umbilicais, por mais independente que sejamos, não é?
ResponderExcluirEdu somos mesmos, há uma tendência enorme de olharmos sempre para nossos umbigos.. Valeu amigo, obrigado pela visita!
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