sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Descaminho

Nas estradas que caminho,
alargo sempre os horizontes.
Não ando sozinho
e nem ando aos montes.
Há estradas que apenas
deixei meus rastos,
algumas tenho pena
por ter meu tempo gasto.
Aprendi com meu Pai
replicar a criação.
Quem vem e quem vai
leva sempre meu coração.
Nas estradas por onde andei
eu vivi e morri
e sempre ressuscitei.
Novos caminhos percorri.
O meu grande problema
é que ando na contramão.
Na vida tenho um lema:
a diferença é minha opção.
Nas estradas por onde ando
levo minhas certezas,
o tempo todo indagando.
Caminhar já é uma proeza.
Eu proclamo minha crença
nas estradas que caminho.
Onde existe indiferença
encontro meu descaminho.
Se me perdeu e me procura,
vai aonde não deseja estar.
Nos caminhos da amargura

vai poder me abraçar.

2 comentários:

  1. Que todos nós possamos viver semelhantes descaminhos. Parabéns Gil!

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  2. Obrigado Guiomar! Deus sempre me envia nos descaminhos para encontrar sua graça.

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