A
ordem é caminhar no sentido Jerusalém.
Eles
desobedientes não disseram: Amém!
Caminhavam
em direção à cidade de Emaús.
Encontraram
um “forasteiro” chamado Jesus.
Os
olhos estavam vendados pelo dilema:
enxergar
a derrota e valorizar o problema.
A
morte caminhava com a Vida, e não sabia.
Assim
caminhava a tristeza com a alegria.
Caminhava
o desespero com a esperança:
a
realização da promessa da Nova Aliança!
O
que falavam e porque tanto abatimento?
Cléofas
diz o motivo do entristecimento:
“Mataram
o Profeta Jesus de Nazaré,
era poderoso na palavra, em obras e fé.
Os
nossos sumos sacerdotes e magistrados
o entregaram para ser morto crucificado”
Jesus
respondeu com indignação:
“Ó
gente sem inteligência e tardo de coração”.
Não
tem sentido a paixão sem a vitória.
É
pela cruz que Cristo entrou na Glória.
Não
existe a Ressurreição sem a cruz.
Não
existe vida sem a presença de Jesus.
O
Mestre foi lhes ensinando as Escrituras.
Eles
sem notarem recebiam a cura.
Chegaram
à aldeia e já declinava o dia,
convidaram-no
a entrar em sua hospedaria.
Insistiram
dizendo: “Fica Conosco Senhor!”
E
sem perceberem, acolheram o Amor.
Jesus
sentou-se à mesa e o pão abençoou.
Partiu
o pão, serviu-lho e se revelou.
Seus
olhos não estavam mais vendados,
reconheceram
o Cristo Ressuscitado.
O
Caminho e a Palavra se fizeram Pão.
A
Eucaristia partilhada se fez Comunhão.
Eles
então não demoraram a perceber,
o
que no princípio não conseguiram ver:
“No
caminho nosso coração não se abrasava,
enquanto
as escrituras ele explicava?”
Levantaram-se
e obedientes agora,
caminharam
para Jerusalém na mesma hora.
Lá
encontraram a Igreja reunida.
Primeira
comunidade unida.
O
que para eles era uma novidade,
para
os apóstolos era uma realidade:
Jesus
de Nazaré Ressuscitou e está Vivo.
É
no Caminho que minha fé eu revivo!