Trago meu anseio,
pela busca da felicidade,
onde em meus devaneios,
almejo pela liberdade.
É tão subjetivo,
e mesmo tão pessoal,
esta minha visão de objetivo,
fruto da minha herança familiar e cultural.
Tão ligado à minha visão do mundo,
assim como tenho em relação à vida.
Não pode haver sonhos no submundo,
nem em uma sociedade tão ferida.
Como pode ser feliz e realizado
quem não tem o que comer, onde morar...
Se meu irmão pobre, ao meu lado
sem expectativas e desolado?
Eu quero ter o poder de escolha,
quero ser livre e poder voar!
Que a injustiça se recolha
para que todos possam sonhar.
É um constante mal-viver,
suscetíveis a tantas doenças,
raros momentos de felicidade e prazer!
Que o trabalho seja feito para o homem,
e não o contrário: numa inversão de valor.
Que eu seja família. Que eu tenha nome.
Que eu seja amigo e que eu viva o amor.
Quero como um jardineiro lançar sementes:
gratuidade, reciprocidade, cooperação,
respeito à diversidade e ao meio ambiente;
complementaridade, solidariedade e união.
Quero florir e ver colorido meu universo.
Quero igualdade dos deveres e direitos.
Quero segurança e paz e não o inverso.
Que minha poesia fale de respeito.
Quero ser feliz no que faço,
mas quero também fazer o outro feliz:
através de um sorriso ou abraço.
Quero ser eternamente um aprendiz.
Que o mundo seja poluído
não desta poluição do mal,
mas de um conceito bem construído,
qualidade de vida: coletiva e individual.
Que eu tenha equilíbrio
do corpo, da alma e da mente.
Que eu tenha caráter e brio,
que eu aja sempre honestamente.
Devemos sempre buscar
a Vida com qualidade,
este Bem Maior, assim
respeitar,
se queremos ser feliz
de verdade!